domingo, 19 de julho de 2009

HISTÓRIAS ESPIRITUAIS Nº 4 Estava passeando pelo bosque em minha colônia quando deparei com alguém muito amigo, de outras eras, sentado no banco. Cheguei devagarzinho e sorrindo disse: ___Se não me fala a memória você é o João? Não lembra de mim? ___Oi Dino, lembro sim, mas você aqui? Acho que você é muito novo ainda para estar nestas paragens... ___Pois é, quando a morte chega não tem hora nem tempo para trazer para o mundo espiritual quem precisa ir embora. ___Mas como você está bem!!!. Lembro de você correndo pelas campinas de nossa cidade atrás de bola. Todo mundo invejava o teu jeito de jogar. ___ Mas é assim mesmo, mas não sei porque você desapareceu de nossa cidade quando cresci não vi mais você por lá, já tinha desencarnado ou mudou de cidade? ___ Bem, minha historia não é nada feliz. Fui para a cidade grande com esperança de encontrar vida melhor, ficar rico e etc. Sabe como é, sonho de juventude. ___ E não se deu bem em outro lugar? ___ Tinha muita inocência e não sabia nada da vida. Fiquei rondando empregos que não davam certo, até que encontrei um dia um rapaz que me ofereceu trabalho. ___ Que bom João!! ___ Que bom nada, eu tinha que ficar parado numa esquina e entregar uns papelotes para pessoas que vinham me procurar. Chegava no fim do dia ele me dava algum dinheiro e pedia para voltar no dia seguinte. ___ Estranhei com o conteúdo da mercadoria que entregava e perguntei para outro garoto se ele sabia o que era. Ele caiu na gargalhada e explicou que aquilo era droga e que eu tomasse cuidado com a policia se não me prendiam e ainda levavam a mercadoria. ___ Fiquei assustado, mas como fazia tempo que não arranjava emprego e meu estomago reclamava sempre por comida resolvi levar avante o trabalho sem pensar sequer nas conseqüências que poderia levar. ___ Nossa João, quanta inocência, você não sabia que estava contribuindo para a morte de muita gente? ___ Pois é, um dia chegou uma moça, toda mal vestida, suja, cheia de feridas e se ofereceu para mim em troca da mercadoria. Fiquei penalizado e dei para ela alguns papelotes, achava que não dariam pela falta. No dia seguinte voltei para o trabalho e encontrei o chefe me esperando todo bravo. ___ Você é um burro. Viu o que você fez? Pensa que dar o que eles querem você está fazendo caridade? De tanto tomar drogas à moça morreu logo na outra esquina, e o pessoal que viu tudo contou para policia onde ela achou tanta droga. Agora vai embora se não você vai ser capturado pela policia . ___ Puxa, eu não sabia, fiquei com dó pela forma que me pediu, imagina uma garota tão novinha se prostituindo em troca da mercadoria. Dei para ela para ela ir embora para casa e não fazer mas isso. ___ Pois bem. Vamos indo por este caminho que vou te levar num lugar para se esconder até as coisas esfriarem. Fomos andando por estranhos lugares, até chegarmos num barracão à beira da estrada, entramos e ele sacando uma arma da cintura me encostou na parede e colocando a mesma na minha cabeça disse: ___Pois bem, agora você vai encontrá-la do lado de lá vai consolar a moça agora assim você faz o serviço completo. ___ Desta forma Dino acordei aqui todo atrapalhado, ainda bem que minha mãe estava aqui para me ajudar. Recebi socorro e agora faço estagio nesta colônia e me preparo para a próxima encarnação ter mais sabedoria para saber o certo do errado. ___ Puxa João que história!!!. E a moça você encontrou com ela? ___ Não, ela está num hospital se recuperando, segundo meu chefe me informou, e quando ela estiver lúcida vai me encaminhar junto a ela para pedir perdão. ___ É João no mundo atual precisamos aprender que às vezes pensamos que estamos fazendo o bem e estamos prejudicando o nosso próximo. ___ Ainda bem que Deus não me desamparou, dentro da minha cabeça estava fazendo o bem, e para ele o que vale é a intenção. DINO